Do protagonismo à reserva: Enner amarga jejum e vê o jovem assumir o comando

Enner Valencia vive um momento inesperado no Internacional. De principal referência ofensiva a terceira opção no ataque, o equatoriano perdeu espaço com Roger Machado e hoje convive com uma situação que parecia improvável.

Sem balançar as redes há quatro meses, o camisa 13 sequer tem sido utilizado nas últimas partidas.

A derrota por 1 a 0 para o Flamengo, no Maracanã, pela Conmebol Libertadores, apenas confirmou o novo cenário.

Pelo segundo jogo consecutivo, Valencia deixou o banco apenas para aquecer, sem entrar em campo.

Mesmo sendo vice-artilheiro do time na temporada, com sete gols — metade do número alcançado por Alan Patrick —, o atacante ficou atrás de Ricardo Mathias, atual titular, e de Rafael Borré na hierarquia ofensiva.

O longo jejum ajuda a explicar a queda de prestígio. O último gol de Valencia aconteceu em 6 de abril, na vitória por 3 a 0 sobre o Cruzeiro. Desde então, são 16 partidas sem marcar, acumulando 783 minutos — ou mais de 13 horas em campo — sem gols.

O contraste é marcante em relação a março, quando o equatoriano marcou de falta no Gre-Nal decisivo do Gauchão, garantindo o título estadual e encerrando um jejum de nove anos do Inter.

Dias depois, voltou a balançar as redes contra o Bahia, na estreia da Libertadores, e diante do Cruzeiro, no Beira-Rio. Contudo, a boa fase durou pouco e a seca voltou a incomodar.

A queda de rendimento somou-se a uma lesão na coxa esquerda, que atrapalhou sua sequência e reforçou a desconfiança de parte da torcida, que passou a vaiá-lo.

Agora, Valencia busca forças para recuperar o protagonismo perdido e retomar a confiança com a camisa colorada.