Bombas e garrafas; Os incidentes relatados em súmula no GRE-NAL 445

Colorado segura a tempestade e sai com vantagem em final turbulenta no Gaúcho

Em uma noite que misturou futebol e tensão nas arquibancadas, o Internacional deu o primeiro passo rumo ao título do Campeonato Gaúcho.

Diante do rival Grêmio, na Arena, o Colorado transformou a pressão do clássico em números concretos: 2 a 0 no placar, gols de Johan Carbonero e Alan Patrick, e uma vantagem estratégica que cheira a taça.

Mas o cheiro de pólvora, literalmente, também pairou sobre o gramado.

A equipe de Roger Machado não apenas jogou. Domou. Controlou o ritmo, engoliu espaços e fez o adversário tremer nas bases.

Carbonero, aos 22 minutos, abriu o placar com um gol que ecoou além das redes: sinalizadores iluminaram a arquibancada colorada, um espetáculo de cores que terminou com um torcedor identificado e levado à delegacia.

Já no segundo tempo, Alan Patrick, com a calma de quem carrega a experiência nas pernas, decretou o 2 a 0 e deixou o Beira-Rio a um empate simples da glória.

Mas a partida, que já nasceu sob o signo da rivalidade, teve seu lado sombrio.

Enquanto Rafael Borré, de aquecimento interrompido por uma bobina de papel no rosto, virou símbolo da vulnerabilidade dos atletas diante da selvageria das arquibancadas, a torcida gremista insistiu em escrever seu nome na crônica da barbárie: bombas, garrafas e a incapacidade de separar paixão de violência.

Agora, o Grêmio se vê encurralado pela matemática: precisa vencer por dois gols no domingo, no covil colorado, para evitar que o Inter levante o caneco em pleno Beira-Rio.

Roger Machado, porém, carrega nas costas a missão aparentemente simples de administrar a vantagem. Simples? Nada é simples quando o jogo é GRENAL.

A final decidida na lama, no grito e na técnica está só no intervalo. O segundo tempo promete fogo, drama e 90 minutos que vão doer na alma de um estado inteiro.