Roger dispara contra nova normativa imposta as vésperas do jogo

Com um jogador a menos, o Internacional conseguiu segurar um empate por 0 a 0 contra o Cruzeiro, na noite desta quarta-feira, no Mineirão.

Apesar da valentia e superação dos colorados, o destaque pós-jogo foi para as críticas do técnico Roger Machado em relação à conduta e aos critérios do árbitro Bruno Arleu de Araújo, assim como a reclamação sobre uma nova normativa informada pela CBF apenas três horas antes do início da partida.

A equipe gaúcha cometeu 12 faltas, recebeu sete cartões amarelos e um cartão vermelho direto, para Rogel, que acertou uma cotovelada em Kaio Jorge.

O treinador também questionou a marcação do pênalti para o Cruzeiro, já que a bola resvalou na perna de Valencia antes de atingir o braço do equatoriano.

A insatisfação dos colorados aumenta devido a um documento recebido pelo clube às 16:30 desta quarta-feira, com alterações específicas nas normativas – incluindo a orientação de que apenas o capitão poderia se aproximar e conversar com o árbitro.

Essa indicação já tinha sido implementada pela Fifa em julho, durante as Olimpíadas.

Por esses motivos, o Internacional teve duas trocas de capitão ao longo da partida. Mercado começou com a faixa, mas passou para Fernando depois de receber um cartão amarelo.

O volante, por sua vez, repassou a braçadeira para Bruno Henrique logo após receber um cartão amarelo.

“Se é um árbitro jovem a gente compreende. Esse árbitro (Bruno Arleu de Araújo) apita há muitos anos. Eu não consigo mais entender o critério da arbitragem brasileira. Eu costumo colocar na palestra um pouco da característica do árbitro. Ele tem média de 6,5 cartão por jogo. Ele não sabe controlar o jogo a não ser pelo cartão. E tem árbitros com critérios totalmente diferentes” – Disse o comandante colorado.

“Às 16h30 (desta quarta-feira), recebemos da CBF algumas regras de conduta falando das novas diretrizes, três horas antes do jogo, um absurdo. Novas diretrizes, inclusive da forma de questionamento do capitão. Isso não existe” – Ressaltou Roger Machado.